À medida que a pandemia começa a diminuir, muitas empresas estão planejando uma nova combinação de trabalho remoto e no local, um modelo virtual híbrido no qual alguns funcionários estão no local, enquanto outros trabalham em casa. O novo modelo promete maior acesso a talentos, maior produtividade para indivíduos e equipes pequenas, custos mais baixos, mais flexibilidade individual e experiências aprimoradas dos colaboradores.
Embora os benefícios em potencial sejam substanciais, evitar armadilhas do trabalho remoto requer pensar cuidadosamente sobre liderança e gerenciamento em um mundo virtual híbrido. As interações entre líderes e equipes fornecem um lócus essencial para criar a coesão social e cultura virtual híbrida unificada que as organizações precisam no próximo normal.
Mas qual é o melhor modelo para minha organização operar?
Abordar as normas de trabalho e seus efeitos na cultura e no desempenho, requer uma decisão básica: qual é o modelo certo para minha organização? A decisão dependerá de fatores para os quais você queira otimizar. É custo imobiliário? Produtividade dos funcionários? Acesso a talentos? A experiência do funcionário? Todos esses são objetivos valiosos, mas na prática, pode ser difícil otimizar um sem considerar seu efeito sobre os outros. Dito isto, podemos considerar de forma geral que, para uma escolha adequada, devemos considerar dois fatores que influenciam na cultura e no desempenho: o tipo de trabalho que seus colaboradores tendem a fazer e os espaços físicos necessários para apoiar esse trabalho.
Como conduzir essa transição de uma forma construtiva?
As organizações prosperam por meio de um sentimento de pertencimento e propósito compartilhado, que pode facilmente se perder quando duas culturas emergem. Recentemente, foi publicada uma pesquisa da Slack, com cerca de 10 mil pessoas ao redor do mundo, e revelou que executivos e colaboradores têm visões diferentes sobre como deveria ser a rotina de trabalho no pós-pandemia.
Cerca de 70% dos executivos gostariam de voltar à rotina presencial, mas o cenário é diferente do lado dos funcionários, no qual 34% gostariam de trabalhar presencialmente.
Quando isso acontece e, quando há estilos de liderança mais tradicionais, é a cultura presencial que passa a dominar, privando aqueles que estão trabalhando remotamente e que valorizam produtividade aliada à qualidade de vida. A dificuldade surge por meio de mil pequenas ocorrências: quando as equipes lidam mal com as videoconferências, de modo que os trabalhadores remotos se sentem negligenciados, e quando os colaboradores usam quadros brancos no local, ao invés de ferramentas de colaboração online. Mas a cultura também pode se dividir de maneiras maiores, quando o padrão de promoções favorece os funcionários no local ou quando os trabalhadores locais obtêm as atribuições mais procuradas.
Há muitos desafios em uma transição de modelo de trabalho, mas com certeza os benefícios são exponenciais tanto para a produtividade quanto para a qualidade dos resultados.
Mas depois de fazer a transição para um modelo virtual híbrido, como você saberá se está funcionando e se manteve ou aprimorou a cultura de desempenho da sua organização? Seu acesso ao talento aumentou e você está atraindo e inspirando novos talentos? Você está desenvolvendo e implantando líderes fortes? Até que ponto todos os seus funcionários estão engajados em impulsionar o desempenho e a inovação, coletar insights e compartilhar conhecimento?
As métricas certas dependerão de seus objetivos, é claro. No entanto, seja cuidadoso ao tentar alcançar todos os parâmetros. Uma pesquisa recente da McKinsey, mostra que as culturas de desempenho vencedoras surgem da seleção cuidadosa das combinações certas de práticas (ou “receitas”) que, quando, aplicadas em conjunto, criam um desempenho em relação organizacional superior. O acompanhamento dos resultados em relação a essas combinações de práticas pode ajudar a indicar, ao longo do tempo, se você conseguiu manter intacta sua cultura de desempenho unificada na transição para um novo modelo virtual híbrido.
Abordado da maneira certa, o novo modelo híbrido pode ajudá-lo a aproveitar ao máximo o talento onde quer que ele resida, reduzindo custos e tornando a cultura de desempenho de sua organização ainda mais forte do que antes.
Você já sabe as vantagens e desafios dos modelos híbrido, remoto e presencial e independentemente de qual deles sua empresa adota, é essencial que ela tenha uma cultura orientada à resolver problemas e entregar resultados.
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Sobre o autor: Sebastian Bonhomme é mentor da FRST Falconi e embaixador oficial do programa Future of Work. É estrategista comportamental e mentor organizacional especialista em liderança, ajudando líderes e organizações a gerar mais resultados, com maior impacto e realização.