Em um mundo empresarial em constante evolução, a capacidade de adaptação é mais crucial do que nunca.
Nesta exploração aprofundada, embarcaremos em uma jornada que transcende os modelos empresariais tradicionais, navegando da eficiência à agilidade.
Vamos desvendar como as empresas modernas se transformam para ler, interpretar e reagir ao comportamento do consumidor com uma velocidade antes inimaginável.
Este conteúdo foi baseado em aulas da trilha “Inovação Customer-Centric”, construída em conjunto com o especialista Pedro Donati.
A eficiência como pilar competitivo
Na década de 1930, o economista britânico Ronald Coase lançou as bases para o que se tornaria um pilar nas estratégias empresariais: a eficiência.
Na época, a eficiência era a grande disrupção tecnológica, permitindo a criação de cadeias de suprimentos globais, varejos e bancos com uma escala sem precedentes, tudo impulsionado pela capacidade tecnológica emergente.
Entretanto, esse modelo eficiente pressupôs a padronização e a redução de variabilidade. A busca pela redução do custo unitário levou à implementação de processos cada vez mais estruturados e fixos.
A hierarquia organizacional consolidou-se, com o alto escalão tomando as decisões estratégicas e o nível intermediário traduzindo essas decisões em planos operacionais.
Empresas moldadas pela eficiência prosperaram em mercados estáticos, onde as mudanças eram raras e previsíveis.
Contudo, o cenário mudou. O mercado contemporâneo é dinâmico, e os consumidores demandam uma resposta ágil a mudanças constantes em seus comportamentos.
As empresas, portanto, enfrentam o desafio de abandonar modelos rígidos e abraçar estruturas mais flexíveis.
A era dos times multidisciplinares
No final da década de 2000, um novo paradigma emergiu, desafiando as estruturas hierárquicas tradicionais.
Empresas começaram a adotar times multidisciplinares, abandonando a visão departamentalizada em favor de uma colaboração intensiva. Estes times eram compostos por especialistas em tecnologia, negócios, marketing e operações, todos unidos por uma métrica de negócio específica.
John Hagel, conhecido consultor de gestão e autor de vários livros, chamou essa abordagem de “learning at scale“, descentralizando as decisões e aproximando-as do núcleo de aprendizado e interação com o cliente.
A constante interação com os clientes, a experimentação e a adaptação ágil se tornaram as chaves para o sucesso nesse novo ambiente empresarial.
Estudo de caso: a transformação de um aplicativo
Para ilustrar isso, gostaria de citar o caso de um aplicativo de uma grande empresa. Inicialmente, o aplicativo estava na App Store com apenas 2 estrelas, apesar de ser uma prioridade para a empresa. Embora recebesse atenção, investimento e especialistas dedicados, sua classificação permanecia baixa.
A mudança ocorreu quando a abordagem foi reformulada. Em vez de projetos isolados, foi introduzido o conceito de “Squad” — times multidisciplinares focados em duas métricas específicas: a avaliação na App Store e o volume de usuários. Em apenas três meses, o aplicativo subiu de 2 para 4 estrelas, graças à constante interação com os clientes e à priorização de seus comentários.
A lição aprendida com esse estudo de caso é clara: a descentralização das decisões, aproximando-as do feedback do cliente, é essencial.
A abordagem centrada no cliente, operando por métricas de negócio, demonstrou resultados notáveis.
O desafio está em superar não apenas questões tecnológicas, mas também em transformar o processo de decisão interno para estar mais alinhado com o feedback do cliente.
Este artigo explorou a transformação de modelos de eficiência para estruturas mais ágeis e adaptáveis. A jornada empresarial do século XXI exige uma constante interação com os clientes, experimentação e a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente de negócios.
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