Hoje vamos falar de forma simples sobre a solução de problemas por meio da identificação de hipóteses. Essa abordagem pode ajudar muito a atuação no contexto ágil.
Cada vez mais nos deparamos com problemas complexos que exigem diferentes abordagens para serem resolvidos. Quando falamos da competência do futuro, é comum encontrarmos a capacidade de solução de problemas como uma das principais habilidades dos profissionais do presente e do futuro.
Para se preparar, existem dois componentes importantes: o comportamento e o método.
Comportamento
Ao falar de comportamento, estamos falando de postura diante dos problemas: curiosidade, proatividade, foco na solução, colaboração, empatia, entre outros. Segundo Adam Grant, professor e pesquisador da Universidade de Wharton e autor de vários livros, as primeiras ideias tendem a ser as convencionais e óbvias.
A inovação só começa quando empacamos na busca inicial de soluções, e então somos obrigados a explorar novos territórios mentais.
Métodos e ferramentas
Já quando falamos de métodos e ferramentas, existem diversas abordagens para a solução de um problema, como análise de causa raiz, FMEA, método A3 da Toyota, Six Sigma, dentre outras.
Como utilizar a solução de problemas por meio de hipóteses para resolver desafios de forma simples?
A solução de problemas por meio de hipóteses funciona muito bem quando não temos claro qual é a melhor solução, quando temos dúvidas se é uma boa opção ou quando a alternativa adotada é complexa e demanda muito esforço e investimento.
Abordagem da identificação de hipóteses
O time parte de um problema e cria colaborativamente hipóteses para a solução desse problema, com testes em ciclos rápidos antes de escalar a solução. Desta forma, conseguimos validar a solução e evitar retrabalho desnecessário e desperdícios.
Como definir uma boa hipótese para um ciclo rápido de testes
As hipóteses são suposições e especulações sobre como resolver um problema. Para definir uma boa hipótese, é importante partir de um problema claro e bem definido.
Para criar hipóteses, pode-se utilizar tanto conhecimento existente dentro da empresa quanto informações externas, como relatos de clientes e movimentações dos competidores.
Aconselho trazer essas informações em sessões de brainstorming com profissionais de diferentes áreas. Assim, será possível criar várias hipóteses para o mesmo problema.
Avaliação das Hipóteses
Vamos verificar alguns aspectos para avaliar se as hipóteses criadas são boas:
- Verificabilidade: As hipóteses são suposições que precisam ser verificáveis.
- Propriedade: As pessoas têm propriedade sobre elas, o que é necessário para criar testes e sair da zona de incerteza sobre sua eficácia.
- Clareza: A hipótese está bem escrita? Ela está muito ou pouco detalhada?
Exemplos de hipóteses
Vamos partir do seguinte problema: aumentar as vendas de um produto por meio de um time específico de vendas. Podemos criar uma hipótese menos detalhada, como “Eu acredito que se os vendedores puderem tirar dúvidas de forma rápida sobre o produto, eles venderão mais.” Uma hipótese menos detalhada trará uma gama maior de soluções possíveis.
Já uma hipótese mais detalhada seria: “Eu acredito que se os vendedores tiverem um canal rápido para tirarem dúvidas, com respostas em até 1 hora sobre o produto, eles venderão mais.” Nesse caso, as soluções poderão ser mais direcionadas.
Seleção e teste das hipóteses
Após a definição das hipóteses, as pessoas do time podem selecionar aquela que acreditam ser a melhor, seja por consonância com o pensamento delas ou por apresentar maior impacto, e seguir com ela para um ciclo de testes.
A habilidade de resolver problemas é crítica para os profissionais do presente e do futuro. Isso representa desenvolver um mindset que reforça a necessidade de explorar oportunidades antes de pensar na escala.
Você está preparado para aplicar essa abordagem no seu dia a dia?
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Diego Silvério é mentor da FRST e trabalha como gerente de equipe na área de UX e design desde 2018, onde liderou diferentes tamanhos de equipes e as ajudou a criar experiências para B2B e B2C, em mobilidade e desktop.