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O objetivo de uma organização é atender às necessidades de todos os stakeholders, cocriando valor com acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores e sociedade.
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“O propósito final de qualquer organização é satisfazer as necessidades de todos os seus stakeholders, internos ou externos.” Citando o professor Vicente Falconi, sócio fundador da Falconi, esse propósito vai além de gerar lucro para os acionistas. 

Significa cocriar valor para e com acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores e sociedade em geral, stakeholders esses que frequentemente têm necessidades antagônicas. 

Evolução dos modelos de negócios 

Tradicionalmente, os modelos de negócios do século 19 e mais de metade do século 20, associados à era industrial, eram de uso intenso de capital, economia de escala e os modelos de gestão e liderança eram altamente hierarquizados, centralizados, com tomada de decisão top-down. 

O foco era em trazer consistência, confiabilidade e eficiência operacional pela repetição. No fim do século 20, a gestão evoluiu para formatos mais participativos e matriciais, com foco em gestão de custos e melhoria contínua, normalmente incremental, para oferecer sistemas e soluções baratas aos clientes. 

As mudanças do início do século 21, aceleradas exponencialmente pelos avanços na tecnologia, globalização e conhecimentos científicos, e mais recentemente após a pandemia, levaram a um mundo complexo e ambíguo, no qual as formas de gestão e liderança do passado não são mais suficientes ou podem mesmo ser inadequadas. 

A nova era econômica é a era das plataformas centradas no cliente, baseadas em tecnologia, com dados em rede, entrega de produtos e serviços sob demanda. A eficácia vem da interdependência entre áreas e processos, com equipes trabalhando em rede, pouco hierarquizadas e em constante aprendizagem. A tomada de decisão é ágil e focada em dados. 

Práticas de gestão no novo contexto 

O foco da liderança é na gestão da inovação, na agilidade de processos e no trabalho em rede, não só entre áreas da organização, mas também em parceria com clientes e fornecedores. 

Novos produtos e serviços são testados e desenvolvidos rapidamente, usando a prototipação e oferta de produtos mínimos viáveis. Planejamento passa a incluir a necessidade de trazer significado e propósito ao nível da organização e das pessoas, para que se engajem. 

Continua sendo impossível trazer resultados sem gerenciar todos estes processos, mas diferentemente do passado, necessitamos de uma gestão mais humanizada e ágil, com equipes empoderadas e responsáveis pela sua própria performance e resultados. 

A alta liderança deve se dedicar à estratégia, inspirando e conduzindo a organização para o futuro. Líderes precisam exercer uma forte liderança no sentido de definir, trazer clareza e constantemente alinhar sobre o propósito da organização, princípios e valores que norteiam a tomada de decisão e comportamentos. 

Desenvolvimento de equipes de alta performance 

É imprescindível desenvolver as pessoas como coletivo e a nível individual, começando pelo próprio time da liderança. Existem vários modelos de construção de equipes de alta performance, mas todos se baseiam nos seguintes temas: 

  1. Propósito, metas e objetivos. 
  2. Papéis e responsabilidades. 
  3. Valores, comportamentos e condutas. 
  4. Capacidades técnicas e comportamentais. 
  5. Ferramentas operacionais. 
  6. Estruturas de comunicação e monitoramento. 
  7. Alinhamento com stakeholders internos e externos. 

Todos os membros do time precisam entender seus processos e suas interdependências dentro e fora da organização, especialmente em culturas ágeis. Cada processo deve ter um roadmap que responda às seguintes questões: 

  • Por que existe este processo? 
  • Quem são os clientes e fornecedores internos e externos? 
  • Quais são os produtos, serviços e informações necessários? 
  • Quais recursos humanos, equipamentos e financeiros são necessários? 
  • Quais métricas e ferramentas usamos para mensurar desempenho? 
  • Como conduzimos e monitoramos a performance? 
  • Qual é o nível de autonomia e impactos quando o processo não funciona? 

Desmistificação da gestão 

É preciso desmistificar a imagem negativa associada ao termo gestão e ao papel do gestor. Este é frequentemente visto como controlador, autoritário e preocupado apenas com resultados a qualquer custo. Edwards Deming, estatístico americano, afirmou: “O que não se mede, não se gerencia.” 

A gestão precisa ser parte da cultura da organização, direcionando o comportamento de todos, especialmente em organizações ágeis com hierarquias achatadas e autonomia delegada. 

Liderança e gestão são duas faces da mesma moeda. Como a liderança e a gestão estão sendo conduzidas dentro da sua organização? Que segurança e estrutura são dadas para engajar pessoas e facilitar a execução da estratégia? 

 Não pare sua leitura por aqui! Saiba agora como ser uma liderança que entrega resultados!

líder bate metas

Susana Azevedo é fundadora da ns2a-Desenvolvimento Humano e mais recentemente da Quantum Development, empresas de consultoria em coaching, formação e desenvolvimento de liderança e gestão, trabalhando para executivos e equipes de grandes e médias organizações, principalmente na América Latina, América do Norte e Europa. Tem experiência em coaching, mentoring e facilitação, presencial ou virtualmente, bem como na concepção de programas para mudanças organizacionais e de reestruturação, bem como em ambientes multiculturais e internacionais complexos.

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