Estratégias para a educação continuada no mundo profissional

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Pense agora em quantos cursos você já fez. E quantos livros você já leu? E com quantas pessoas diferentes já conversou até hoje?

Podem parecer perguntas soltas, mas elas têm a ver com a educação continuada profissional (ou lifelong learning), um tema importante para quem deseja empreender ou intraempreender

Em um mundo empresarial dinâmico e em constante evolução, a educação continuada profissional tornou-se uma pedra angular para o sucesso individual e organizacional. 

Neste artigo exploro as formas de educação continuada, estratégias para implementá-la na empresa, considerações sobre tempo e recursos, e o momento ideal para atualizar as habilidades da equipe. 

O que é educação continuada profissional? 

A educação continuada profissional refere-se a um processo contínuo de aprendizado e desenvolvimento de habilidades ao longo da carreira profissional de um indivíduo. 

Este conceito reconhece que o aprendizado não termina com a conclusão da educação formal, como graduação ou pós-graduação, mas é um esforço constante para se manter atualizado em relação às mudanças nas práticas profissionais, avanços tecnológicos, tendências do mercado e desenvolvimento de competências. 

O papel das perguntas na educação continuada e no empreendimento 

Esses dias, na internet, esbarrei numa frase. Ela dizia: “quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas”.  

E não é assim mesmo? Sempre existem perguntas novas a serem respondidas. E ainda bem que isso acontece. Porque acredito muito em outra frase: “são as perguntas que movem o mundo e não as respostas”. 

Você já parou para pensar em como surgiu o Airbnb? Sem dinheiro para se manter na Europa, Brian Chesky, CEO do Airbnb, mudou-se para a casa de seu amigo Joe nos Estados Unidos. Mas lá a coisa não estava diferente. 

Foi então que os dois decidiram alugar colchões infláveis e a sala da casa para desconhecidos que iriam participar de uma conferência na cidade e não tinham encontrado quartos de hotéis. 

Da experiência, veio a pergunta: será que não é possível ganhar dinheiro alugando pequenos espaços da casa por um preço mais econômico? E assim começou a empresa. 

As perguntas sobre nossos problemas levam a respostas que permitem agarrar uma oportunidade e empreender de alguma forma. E é desta curiosidade, que surge uma outra necessidade: a de aprender a fazer as coisas para aproveitar as oportunidades. 

E é aqui que puxo novamente o gancho das perguntas que fiz no primeiro parágrafo, sobre cursos, livros, conversas. É tudo sobre educação continuada profissional. 

Quais são as mentalidades ideais para a educação continuada profissional? 

A capacidade de aprender tem sido considerada a habilidade mais importante nos dias de hoje. No livro Mindset, a autora Carol Dweck fala sobre uma nova psicologia do sucesso. 

Ela explica o que é a mentalidade de crescimento: a aceitação do erro como forma de aprendizado. Ou seja, ninguém precisa ser perfeito, mas é preciso acreditar que todos podem aprender e, com isso, serem melhores.  

Tenho acompanhado muitos empreendedores e intraempreendedores iniciando e tocando com sucesso projetos e ideias em áreas nas quais não tinham o menor conhecimento. 

Erraram em algumas coisas no começo, sim. Mas aprenderam com os erros, buscaram novos conhecimentos e habilidades e deram a volta por cima. E isso é mentalidade de crescimento.  

Mas um outro tipo de mentalidade que tem ganho cada vez mais espaço entre os profissionais e pessoas de destaque. É a mentalidade da curiosidade. São pessoas que superam o medo de fazer perguntas ou experimentar coisas novas. E, com isso, aprendem mais. 

Você já parou para pensar quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez? Quando foi que você ficou curioso com algo novo que não conhecia? 

O crescimento pode vir justamente quando você faz algo novo. Quando você usa da sua curiosidade e, com ela, encontra formas novas de resolver problemas antigos, mesmo correndo o risco de que não dê certo. 

Quais são as formas de educação continuada profissional? 

A educação continuada profissional engloba uma variedade de formas que permitem aos profissionais aprimorarem suas habilidades e conhecimentos. Entre as opções mais comuns estão: 

  1. Cursos Online e Presenciais: Plataformas de educação online oferecem uma ampla gama de cursos, desde desenvolvimento de habilidades técnicas até cursos especializados. Além disso, participar de cursos presenciais e workshops permite uma interação mais direta e prática. 
  2. Certificações Profissionais: Certificações são reconhecidas como uma validação formal de habilidades específicas. Elas podem ser obtidas em diversas áreas, proporcionando uma credencial valiosa para o crescimento profissional. 
  3. Participação em Eventos e Conferências: Participar de eventos e conferências da indústria é uma oportunidade de networking valiosa e uma forma eficaz de manter-se atualizado sobre as últimas tendências e inovações. 
  4. Mentoria e Coaching: Programas de mentoria e coaching oferecem uma orientação personalizada e colaborativa, permitindo que profissionais recebam feedback e conselhos de pessoas mais experientes em suas áreas. 
  5. Leitura Profissional: A leitura de livros, artigos e blogs relevantes para a área de atuação é uma maneira acessível e flexível de adquirir conhecimento continuamente. 
  6. Webinars e Podcasts: Webinars e podcasts oferecem uma abordagem mais dinâmica para o aprendizado, permitindo que profissionais absorvam informações enquanto realizam outras tarefas. 
  7. Projetos Práticos e Desafios: Envolvimento em projetos práticos desafia os profissionais a aplicarem seus conhecimentos em situações do mundo real, consolidando aprendizados de forma significativa. 

7 maneiras de implementar a educação continuada profissional 

O investimento em educação continuada varia de acordo com a natureza da indústria, as necessidades específicas da empresa e as aspirações profissionais dos colaboradores. 

É essencial encontrar um equilíbrio que atenda às demandas de desenvolvimento, sem comprometer a eficiência operacional. Algumas maneiras de implementar essa cultura na empresa são: 

  1. Estabelecer Programas de Treinamento Interno: Desenvolver programas internos que atendam às necessidades específicas da empresa, abordando tanto habilidades técnicas quanto competências interpessoais. 
  2. Incentivar a Participação em Cursos Online: Subsidiar ou incentivar os colaboradores a participarem de cursos online relevantes para suas funções, permitindo flexibilidade e personalização do aprendizado. 
  3. Promover Eventos Internos e Palestras: Organizar eventos internos, palestras e workshops com especialistas da indústria para compartilhar insights e conhecimentos valiosos. 
  4. Implementar Programas de Mentoria: Estabelecer programas de mentoria dentro da empresa para promover a transferência de conhecimentos entre colaboradores experientes e novos membros da equipe. 
  5. Oferecer Recursos de Leitura: Criar uma biblioteca digital ou física com recursos de leitura relevantes e atualizados para que os funcionários possam acessar informações importantes a qualquer momento. 
  6. Incentivar a Participação em Conferências: Subsidiar ou incentivar a participação em conferências e eventos da indústria, proporcionando oportunidades de networking e aprendizado em primeira mão. 
  7. Integrar Projetos Desafiadores: Incorporar projetos práticos e desafios dentro do ambiente de trabalho para estimular a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. 

Organizações que adotam uma mentalidade de crescimento e curiosidade têm funcionários mais colaborativos, afinal a opinião e as ideias deles são consideradas; capacitados, uma vez que todos ganham e aprendem com as trocas; e comprometidos, uma vez que sabem que, se errarem, o erro não é algo para ser punido, mas serve como aprendizado. 

Esteja sempre aberto às descobertas 

Por fim, preciso falar para você sobre serendipidade. Sabe o que significa? Trata-se de um fenômeno amplo, cujo sinônimo mais imediato poderia ser “feliz acidente” – ou uma “descoberta não planejada” – derivada de sorte ou acaso. 

Muitas descobertas e invenções de famosos estudiosos e cientistas aconteceram sem querer e, em alguns casos, através de grandes erros. 

A palavra é uma adaptação à língua portuguesa da palavra inglesa serendipity, criada pelo escritor britânico Horace Walpole em 1754, em alusão à história persa infantil “Os três príncipes de Serendip”. 

Neste conto, é narrada a aventura de três príncipes que sempre realizam descobertas imprevisíveis, aproveitando as oportunidades que geravam resultados inesperados. 

A história chama a atenção para a capacidade de observação, mente aberta e perspicácia dos personagens que sempre descobriam “sem querer” a solução para um problema difícil.  

No livro O Segredo de Luísa, um clássico sobre empreendedorismo do escritor Fernando Dolabela, é explicado que “com relação à geração de ideias, deve-se ter clareza de que o pensamento solto e livre de quaisquer limites ou restrições, produzirá mais e, seguindo esse mesmo princípio, ideias mais criativas”. 

Assim, o acaso propicia uma forma de aprendizado contínuo – no melhor estilo da educação continuada profissional. 

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