Desenvolvimento de profissionais do futuro: estratégias e desafios

Um bom Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) deve corroborar para que as empresas contem com os melhores talentos. Para isso, é importante termos uma visão clara das competências que fazem o profissional do futuro, de modo adequado aos contextos de trabalho e desafios dos dias atuais.

Por isso mesmo, a divisão de competências em hard skills e soft skills agora dá lugar às technical skills e human skills, respectivamente. Assim, enfatizamos a importância daquelas competências que, em um mundo de constantes mudanças, na era da transformação digital e da hiperautomação, somente podem ser desenvolvidas pelos seres humanos, ou seja, as human skills.

Tendo isso em vista, a FRST Falconi ouviu 50 das empresas de relevância no mercado brasileiro, para saber como elas lidam com essas constantes mudanças no mercado do trabalho. As provocações giraram em torno de:

  • Como as principais organizações estão se preparando para o futuro?
  • Quais são os maiores desafios?
  • Quais competências são as mais urgentes a serem desenvolvidas?

Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento de pessoas e quer preparar o seu time para o futuro, confira este panorama sobre o mercado de trabalho e conheça as principais skills para os próximos anos!

Quem é o profissional do futuro?

Você sabia que a principal competência exigida pelo mercado é a inteligência emocional? É o que dizem 64% das empresas ouvidas pela FRST Falconi quando perguntadas sobre o futuro do trabalho. Mas o que isso diz sobre o mundo de hoje e sobre o que podemos esperar para os anos seguintes?

O profissional do futuro está longe de ser alguém perfeito. Os requisitos necessários para gerar valor para as organizações são cada vez mais dinâmicos, e as human skills ligadas à capacidade de se adaptar, aprender e lidar com diferentes situações ganham espaço.

Não por acaso, 78% dos especialistas consultados concordam que “as habilidades exigidas pelo mercado, hoje, são totalmente diferentes das exigidas há 10 anos atrás”. E podemos identificar bons motivos para essas mudanças. São eles:

  • Acessibilidade de tecnologias, como inteligência artificial, machine learning, computação em nuvem;
  • Novas formas de trabalho, como home office, squads e hierarquia horizontal;
  • Digitalização e automação em níveis cada vez mais elevados;
  • Facilitação do acesso e uso de dados nas estratégias empresariais;
  • Ingresso de novas gerações no mercado de trabalho;
  • Mudanças nos hábitos de consumo;
  • Crescente valorização do capital humano e das diferenças entre as pessoas.

As habilidades humanas são bastante valorizadas, uma vez que não podem ser substituídas pelas máquinas. É o que percebemos quando 72% dos representantes de empresas de referência em seus mercados incentivam os profissionais a desenvolverem human skills. Isto é, como é difícil encontrar talentos prontos no mercado de trabalho, as empresas se preocupam cada vez mais com o potencial dos destaques da casa.

Nesse contexto, as human skills se destacam como as competências mais desejadas pelas organizações. Como temos dificuldades para prever como será o mercado daqui a 10 anos, a aposta em competências que se adaptam bem a diferentes cenários é a forte tendência, visando aspectos como colaboração, pensamento crítico e liderança.

Quais são as competências desse profissional?

O profissional do futuro não conta com uma lista fechada de technical skills. Até porque, o trabalho pode demandar competências técnicas inúmeras e distintas, e é bem possível que elas fiquem desatualizadas, diante de mudanças no trabalho e dos avanços tecnológicos.

O profissional do futuro precisa transitar em human e technical skills para de fato gerar valor no seu contexto de atuação! Além disso, é importante ter em mente que essas competências se complementam no contexto de trabalho, mas reagem à incerteza e às variáveis de cada situação de formas diferentes.

As human skills são mais flexíveis e adaptáveis. Por exemplo, um gestor pode sair de uma empresa em crise e ir para uma organização em franco crescimento, mudar de departamento, ter novos modelos de trabalho, entre outras variáveis, que, ainda assim,  boa comunicação, liderança, inteligência emocional permanecem competências válidas.

Já quando pensamos em technical skills, é importante considerar a dificuldade de chegar a uma lista de competências ideais. Os requisitos do trabalho em cada momento, cargo ou cenário deixam frequentemente as competências técnicas desatualizadas. É o caso, por exemplo, de quando implementamos soluções de automação, e todos precisam reaprender a usar suas competências em conjunto com a tecnologia.

As technical skills do profissional do futuro

Podemos ter uma noção de quais technical skills se valorizam ao olharmos para os cargos e posições que surgiram nas empresas recentemente. As empresas entrevistadas, por exemplo, destacam as seguintes funções:

  • Gerente geral e de operações (94%);
  • Profissional de vendas e marketing (88%);
  • Analista e Cientista de Dados (52%);
  • Especialista em Desenvolvimento organizacional (52%);
  • Especialista em transformação digital (52%)

Perceba que os conhecimentos de administração, vendas e marketing continuam presentes nas empresas, ainda que passem por atualizações. Na área da tecnologia, destacam-se as competências de dados e transformação digital. Por fim, encontramos a importância do desenvolvimento organizacional, como retrato da valorização do capital humano e intelectual nas empresas.

As human skills mais desejadas no mercado de trabalho

As competências humanas permitem uma descrição mais clara, porque independem do cargo que a pessoa ocupa e por serem transversais no cumprimento de diferentes funções no ambiente organizacional. Veja o ranking de human skills do profissional do futuro:

Os resultados são coerentes com os contextos de trabalho atuais. Transformações rápidas e constantes, disrupção e alta complexidade são algumas das características dos ambientes profissionais para os quais desenvolvemos pessoas. E, mesmo nesses cenários adversos, os colaboradores precisam fazer mais, melhor e em menos tempo.

Aliás, o contexto enfrentado pelas empresas é tão incerto que o acrônimo VUCA — com origem no meio militar — passou a ser usado para descrever os ambientes de negócios. Isso significa que as organizações devem estar preparadas para cenários com as seguintes características:

  • “Volatility” (volatilidade);
  • “Uncertainty” (incerteza);
  • “Complexity” (complexidade);
  • “Ambiguity” (ambiguidade).

Embora não estejamos totalmente preparados para lidar com o desconhecido, podemos buscar as human skills que contribuem para nossa sobrevivência em cenários de mudança e incerteza em nossas estratégias empresariais. Por isso, a lista de principais competências indicadas pelas empresas de referência não é aleatória, mas um retrato do momento em que vivemos.

Quatro das human skills mais citadas pelos especialistas se encaixam perfeitamente como ferramentas para lidar com os desafios do mundo VUCA: colaboração, inteligência emocional, solução de problemas complexos e flexibilidade cognitiva. Além disso, temos de desenvolver a competência de liderança para conduzir as pessoas nesse contexto de rápida transformação.

Quais são os principais desafios de desenvolvimento?

O perfil do profissional do futuro exige bastante cuidado e atenção com os processos de desenvolvimento de pessoas. É preciso valorizar a singularidade dos profissionais do time, contribuindo para que despertem e aprimorem suas human skills. Nesse contexto, o conceito de lifelong learning, ou “aprendizado contínuo”, deve ser praticado a todo momento, para que o desenvolvimento seja constante.

Desenvolver o perfil do profissional do futuro exige bastante da gestão de pessoas. Os desafios da velocidade de transformação impõe às empresas agirem nos seus processos de desenvolvimento com ainda mais cuidado e atenção, e isso pode ser notado nas prioridades definidas pelos empreendimentos de referência no mercado.

Para as principais organizações, é preciso valorizar a singularidade dos profissionais do time, contribuindo para que o profissional desperte e aprimore suas human skills. Neste contexto, o conceito de lifelong learning, ou “aprendizado contínuo”, deve ser praticado a todo momento, para que o desenvolvimento seja constante.

Ao serem questionados em uma escala de 0 a 10, 68% as empresas de referência atribuíram a nota 10 à importância do desenvolvimento de human skills, e a avaliação média foi de 9,46. Aliado a isso, 86% dos respondentes preferem desenvolver competências internamente a contratar.

Confira os principais desafios inerentes a esse desenvolvimento:

  • 60% dos entrevistados entendem que, embora fundamentais, as human skills são difíceis de ensinar;
  • Algumas das competências mais desejadas estão igualmente entre as mais difíceis de desenvolver, como inteligência emocional (24%), liderança (18%) e flexibilidade cognitiva (14%);
  • 56% identificam ser difícil encontrar no mercado programas de desenvolvimento que alinhem desafios reais, networking, colaboração e conhecimento;
  • A falta de competências e qualificação é o principal motivo para a falta de profissionais adequados ao mercado do futuro, mencionado por 43% dos entrevistados;
  • Mesmo entre organizações de referência, 44% dos profissionais não se sentem preparados para o futuro do trabalho.

Atualmente, 88% das empresas entrevistadas contam com departamentos específicos para lidar com o desenvolvimento de pessoas. As principais preocupações das empresas com os programas são foco nos resultados (29%), prática (20%), qualidade (17%), carga horária (17%) e acompanhamento (16%).

O Road of Skills, um dos programas de desenvolvimento e aceleração de pessoas da FRST Falconi, vem desempenhando, junto às organizações, um papel fundamental para o enfrentamento desses desafios com o apoio da aprendizagem baseada em problemas (PBL), trilhas de desenvolvimento individualizadas, recursos de aprendizagem modernos e inovadores e rede de colaboração formada por especialistas nas principais competências do profissional do futuro.

Tudo isso sendo embasado pelo uso de inteligência artificial para identificar as principais lacunas de competências e desenvolvê-las de acordo com cada indivíduo. Com isso, alcançamos um alto grau de satisfação com a aplicabilidade prática (95%) e objetivos de aprendizagem (93%), entre outros fatores.

Como desenvolver profissionais do futuro?

As empresas de referência apostam principalmente em parcerias para desenvolver os seus profissionais. A maioria contrata fornecedores externos para os programas em conjunto com iniciativas internas. Veja alguns dados referentes a essas empresas:

  • Trabalha com fornecedores (10%);
  • Tem programas próprios de desenvolvimento (36%);
  • Trabalha com fornecedores e tem programas próprios de desenvolvimento (44%);
  • Não tem um programa de desenvolvimento dos funcionários (4%);
  • Não sabem responder (6%)

As informações colhidas com as empresas de referência mostram a importância do conhecimento especializado. Como visto, existem muitos desafios nesse processo, e as organizações contam com parceiros para desenvolver as technical skills e human skills necessárias.

O profissional do futuro é um sobrevivente, que se adapta a partir do aprendizado, desenvolvimento e evolução contínuos. Com isso, ele consegue usar suas habilidades humanas para entregar valor constantemente, mesmo diante de mudanças e incertezas.

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